O emprego de venenos animais na Medicina vem de muito longe, das eras remotíssimas em que a Terapêutica, por demais em-pírica, se valia dos produtos heteróclitos da Natureza, os quais mal conhecia e que aplicava, por vezes, com êxito aparente, em muitos casos em falso, guiada por uma espécie de instinto, mais do que pelo conhecimento. Lembra-nos ter lido em uma obra de Plinio, o antigo, a referência longa de numerosos remédios tirados de anmais imundos (1X Os antigos empregavam tais medicinas de índole tóxica - totius substanciae, i. é., pela manipulação do animal, ou da parte em que se supunha residir o veneno. Usava-se assim a Rã, o Sapo, a Cobra (3). Atribuiam-se a estes e a outros animais virtudes singulares, em que acreditavam os antigos, por saberem dos efeitos tóxicos por essas espécies produzidos nos outros ani-mais e no homem.

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Tendo assistido ao XV Congresso de Química Industrial reunido em Bruxelas de 22 a 28 de Setembro de 1935, tenho a honra e o prazer de me ser permitido transmitir a V. Exa.s, numa resumida exposição, o que foi essa manifestação da ciência química internacional nas suas variadas modalidades. O Congresso, colocado sob o alto patrocínio de Sua Magestade o Rei da Bélgica e organizado pela «Société de Chimie Industriei», ficou privado das festividades que costumam acompanhar estas manifestações científicas devido ao trágico desastre ocorrido 3 semanas antes da abertura do Congresso, e que vitimou Sua Magestade a Rainha Astrid, ferindo cruelmente e cobrindo de luto a Família Real da Bélgica.

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Doseamento do arsénio nas preparações tónicas; Doseamento do metanol no álcool in-dustrial e nas bebidas alcoólicas; Pesquizas biológicas e bioquímicas sôbre o ácido ascórbico dos tecidos clorofilinos e aclorofilinos; Contribuição para o estudo da acção farmacodinâmica do zinco no metabolismo geral; Estudo químico funcional da Efedrina. Novo processo de doseamento; O reagente nitroferriciânico e sua transformação em presença de snlfnretos alcalinos; A micromercnrimetria por meio da difenilcarbazida e da difenilcarbazona como indicadores; Sôbre o doseamento da glucose e da levulose; Cloranilina, reagente diferencial das aminas; Método argentométrico para o doseamento do sulfureto e do sulfidrato de sódio na mesma solução; Contribuição para o estudo da identificação dos alcalóides no estado de picratos; Determinação de cloretos, brometos e iodetos, por titulação fotométrica; Sôbre a reacção entre o sulfato de sódio e O ácido oxálico; Transformação do sulfato de sódio em sóda cáustica, na aplicação ao banho de fiação; Determinação do enxôfre nos sulfuretos soláveis por titulação fotométrica; Determinação de pequenas quantidades de mercúrio por titulação fotométrica; Determinação de pequenas quantidades de chumbo por titulação fotométrica; Ensaio da antipirina; Doseamento do cloro activo nos hipocloritos por titulação directa por meio do hiposulfito;

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A Sociedade Imperador Guilherme; A II Exposição de Material de Laboratório em Paris; Os Prémios Nobel da Quimica e da Fisica em 1935;

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As relíquias de Lavoisier: A publicação «Nouvelles de la Chimie», órgão de informação do Centro de Documentação Química, insere no seu número de Novembro de 1935, uma entrevista com o Sr. Maurice d''Ocagne, membro da Academia das Ciências, o qual, em Outubro do ano passado, presidiu à inauguração dum pequeno museu Lavoisier, instalado num pavilhão anexo ao castelo da Champfortière no Sarthe, propriedade de M.me Pierre de Chazelles.

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Reunião da Direcção do Núcleo de Lisboa em 30 de Março de 1935 Sob a presidência do sr. General Aquiles Machado, secretariado por Rodrigo Coe-lho Gonçalves, reuniu, a pedido do sr. Secretário Geral da Sociedade, a Direcção do Núcleo de Lisboa, para tratar do atraso da Revista de Quimica Pura e Aplicada. Estavam presentes o Vice-Presidente sr. Dr. Cirilo Soares, os Vogais srs. Drs. Hugo Mastbaum, Pereira Forjaz e Eng. Herculano de Carvalho e o Secretário Geral da Socie-dade sr. Dr. Pereira Salgado.

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A Direcção que hoje termina a missão para que V. Ex.3* a elegeram, em sessão de 20 de Março de 1935, vem dar-vos resumida conta dos seus actos e apresentar à vossa discussão e apreciação o Relatório e Contas da sua gerência no correr do ano findo, 1935. Acontecimentos dolorosos - o falecimento de dois eminentes consócios - enlutaram a vida científica da nossa Sociedade, dei-xando nela vagas que dificilmente se preencherão e máguas espiri-tuais que mais dificilmente se extinguirão.

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1871 - 1935 Faleceu em Lyon em Dezembro de 1935 o sábio professor Victor Grignard, nascido em Cherburgo em 6 de Maio de 1871, e que pelo valor dos seus trabalhos, importância e alcance das suas investigações e descobertas, nomeadamente em química orgânica e nos domínios dos compostos organo-magnesianos designados desde logo como «reagentes Grignard», mereceu ser contemplado em 1912 com o prémio Nobel da Química.

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Stephan Minovici, nascido em 1867 em Râmnicu-Sarat, Roménia, fez os seus estudos em Bucarest e a sua licenciatura em ciências físicas em Berlin em 1897. Químico do Ministério da Justiça, professor da Escola Superior de Farmácia desde 1899 e decano da mesma de 1923 a 1925, distinguiu-se particularmente nos domínios da química legal, da grafologia e nomeadamente nas perícias da falsificação dos documentos escritos e notabilisou-se na prática da química analítica de que publicou um valioso manual teórico e prático e na do estudo aturado da constituição e derivados do colesterol, seu papel e metabolismo.

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