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Série IV / Anno 4 / Número 1-2
1953
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Quando em 7 de Dezembro de 1924 foi inaugurado o retrato de Ferreira da Silva na Associação Católica do Porto, convidaram nos a dizer algumas palavras sobre o ilustre professor da Universidade do Norte. Presidia o Prelado da Diocese, D. António Barbosa Leão,apostólico e lhano - ladeado pelo Prof. Gomes Teixeira, «Pedro Nunes do século XX», e pelo Prof. Bento Carqueja, insigne jornalista.
O conselheiro CORREIA DE BARROS, nasceu e fez os seus preparatórios nesta cidade, matriculando-se depois, em 1852, na Faculdade de matemática da Universidade de Coimbra, onde se formou em 1858. Depois entrou para a Escola do Exército, concluindo em 1860 com distin-ção o seu curso de engenharia civil.
A Ciência é verdadeiramente a benfeitora da humanidade (Berthelot), não só porque cria riquezas, porque fomenta os progressos materiais, e porque espalha a flux benefícios na sociedade; como porque é educadora do espirito e do carácter; como porque é emancipadora de preconceitos e escola do pensamento livre: como porque é conciliadora, tendendo a aproximar os homens pelos laços afectivos e de concórdia (pág. 8). Para promover trabalhos científicos é primeiro que tudo manifestamente indispensável proceder por forma que eles sejam possíveis. Não bastam homens de talento, inteligentes, sabedores, com gosto pelos estudos sérios e vontade firme de se consagrar a eles; se os meios de trabalho lhes faltarem, nada produzirão. Isto é fatal (pág. 15),
Não é concebível que, com os elementos de que dispôs Ferreira da Silva e no ambiente reinante, alguém no mundo pudesse colher resultados mais preciosos que os dele, tão perfeita a sua personalidade, tão bem aproveitados o seu tempo escasso e a sua vontade inexcedi vel. A lição, que não tinha sido dada, é que, em ciências experi-mentais de aplicação, um Português, na sua Pátria, pode atingir os domínios mais serenos. Para poder elevar-se à mesma altura nas ciências puras seria necessário que fosse ouvida a sua oração de sapiência de 1911.
Algumas considerações acerca da utilidade da mandioca: características físico-quimicas e sua determinação como base para um estudo dos produtos alimentares a que dá origem. Uma das preocupações mais sérias com que actualmente se debatem os dirigentes dos povos, é com o problema das subsistências e abastecimentos dos seus súbditos.
VALOB HUMANO DAS INVESTIGAÇÕES DOS BAIOS CÓSMICOS Os projectos de investigação científica dividem-se em duas clas-ses segundo o valor social dos resultados; aqueles dos quais se desenvolve algum novo engenho ou método, aumentando o nosso conforto, conveniências, ou facilidades, e aqueles de que resultam novos pontos de vista. O valor dos primeiros é evidente em cada fase da vida prática. Os segundos geralmente não são apreciados, embora muitas vezes o seu valor seja mais real.
Nota da Redacção : Em colaboração com a Repartição de Normalização da Inspecção Geral dos Produtos Agrícolas e Industriais, inicia-se nesta Revista a indicação das normas portugue-sas e estrangeiras publicadas, que sejam de interesse para a Química. A obtenção das normas, tanto nacionais como estrangeiras, pode ser feita na Repartição de Normalização, Av. de Berne, 1 Lisboa.
Despachos Ministeriais De 30 de Dezembro de 1952 : Lacticinios. Autorizada a firma Martins e Rebelo a fabricar leite em pó, simples e composto, farinhas lácteas e albuminas em pó, na fábrica de lacticínios, sita em Pinheiro Manso, freguesia de Castelões, concelho de Vale de Cambra, e instalar 1 cuba em aço inoxidável de 600 litros de capacidade, para preparação de malto-dextrina, 1 máquina de torrar farinha, 1 máquina de dosear e pesar, 1 máquina de extracção de ar das latas e injecção de um gás inerte e 1 cravadeira, sob as seguintes condições
N.0 28.657. Velsicol Corporation, para: « Aperfeiçoamentos em ou referentes a um processo para formar uma composição nova de elementos e o produto daí resultante». N.0 28.662. Blattman & Co, para: «Processo para a fabricação de derivados de amidos ».
Livros e revistas recebidos
Sessão Administrativa Ordinária (1.a convocação). Aos seis dias do mês de Março de mil e novecentos e cinquenta e três reuniu no anfiteatro de Química da Faculdade de Ciências, o Núcleo do Porto da Sociedade Portuguesa de Química e Física, sob a presidência do Prof. Abílio Barreiro, secretariados pelo Prof. Armando Laroze Rocha e eng. Custódio Guimarães. Aberta a sessão às dezoito horas, verificou-se em harmonia com o disposto no artigo 13.0 dos Estatutos, não haver número legal de sócios para funcionar a assembleia. Por este motivo o Sr. Presidente marca a segunda convocação da sessão ordinária administrativa para o dia 9 do corrente mês à mesma hora e local mencionados na convocação, sendo a seguir encerrada a sessão e assinada a presente acta depois de lida e aprovada.