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Série II / Número 160 / Volume 45
Março 2021
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DOI: 10.52590/M3.P695

Na publicação The economics of climate change:no action not an option do Swiss Re Institute sobre o impacto económico das alterações climáticas, estima-se que nos próximos trinta anos o mundo possa perder 11 a 14% do valor económico total se  aumento da temperatura do planeta se mantiver ao ritmo atual.


As biomoléculas evoluíram de modo a executar as suas funções sob condições celulares muito específicas. Contudo, estas moléculas são geralmente analisadas em meios químicos pouco fisiológicos. Isto deve-se ao enorme desafio técnico em preservar as condições quimicamente nativas durante o estudo de biomoléculas, particularmente em proteínas membranares. Neste artigo são introduzidos novos avanços em RMN de estado sólido que possibilitam estudar com alta resolução proteínas membranares e certos antibióticos diretamente nas membranas celulares nativas. Esta abordagem ajudou a desvendar propriedades estruturais que são determinantes para o funcionamento destas biomoléculas e que se manifestam num contexto celular.


Os desafios atuais em torno da sustentabilidade global exigem a tomada de posições mais pró-ativas do que reativas, e devem surgir de uma discussão consciente da sociedade, incentivada por agências (não) governamentais e promovida por governos/agências. Recentemente, esta discussão tem sido também incitada pela população jovem (ativismo ambiental exponenciado pelo “efeito Greta”). As tomadas de decisão devem sustentar-se no conhecimento técnico-científico sob pena de não servir o seu propósito. E é aqui que o papel da ciência, em especial a Química, é vital. A formação em Química para além da excelência técnica também deve transmitir uma consciência sistémica e global, produzindo profissionais capacitados para adaptar o conhecimento às novas exigências em prol da sustentabilidade. Este artigo revela o racional implícito à pesquisa de um processo químico alternativo, mais ambientalmente responsável, com foco no fabrico e utilização de substâncias mais eficazes e seguras.


As alterações climáticas são um dos temas mais debatidos nos dias de hoje. O principal ator desta novela tem sido o dióxido de carbono (CO2) que, quando começou a atingir níveis perigosos na atmosfera, passou a vilão afetando a estabilidade térmica da Terra. A comunidade científica uniu esforços e começou a pensar em vias sustentáveis para converter esta molécula noutras que podem ser úteis para satisfazer as necessidades da sociedade. Neste trabalho, desenvolveram-se catalisadores para a conversão de CO2 ativada por luz visível. Através do desenho dos catalisadores foi possível detetar a formação de metano, que é um dos componentes maioritários do gás natural, através da conversão de CO2 com luz.


O uso de fontes renováveis para a produção de eletricidade e a sua inerente intermitência e imprevisibilidade induz períodos de sobreprodução. Neste sentido, a estratégia “power-to-gas” permite utilizar o excesso pontual de eletricidade para a produção de hidrogénio através da eletrólise da água. Este hidrogénio poderá ser utilizado na produção de gás natural sintético a partir de dióxido de carbono, um processo especialmente importante no contexto de sectores industriais responsáveis por grandes emissões deste gás de efeito estufa, como as cimenteiras. Assim sendo, neste trabalho foram desenvolvidos de forma sistemática catalisadores para a metanação do CO2 usando zeólitos como suportes.


Para além de termodinamicamente estável, quimicamente inerte sob muitas condições, não ser tóxico nem inflamável, o dióxido de carbono possui propriedades muito particulares de solvatação, tornando o seu uso como fluido supercrítico muito interessante. Ao longo dos anos diversas reações químicas têm sido exploradas usando o dióxido de carbono supercrítico (scCO2). Neste artigo são apresentadas não só as vantagens do uso do scCO2, mas também algumas reações onde o seu uso tem sido explorado como via sintética alternativa mais sustentável.


As regras de nomenclatura química não são imutáveis e desde a sua criação no século XVIII têm sido regularmente alteradas e adaptadas aos avanços no conhecimento científico. As recomendações atuais da IUPAC apresentam alterações importantes e regras novas de nomenclatura numa tentativa de as tornar mais simples e acessíveis. Neste artigo dão-se exemplos aplicados ao 8.˚ ano de escolaridade que resultam de algumas alterações que ocorrem pela aplicação das mais recentes regras de nomenclatura.