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Série II / Número 73 / Volume
Junho 1999
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DOI: 10.52590/M3.P597

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Integrado num Universo que é espaço e tempo, o Homem sempre tentou modelá-lo à sua imagem e semelhança. Porém, na atitude reflexiva que o distingue dos demais seres vivos que o rodeiam, cedo se apercebeu que para configurar o mundo em que vive à sua própria imagem se impunha conhecer por dentro as forças e os mecanismos que regem os mais diversos fenómenos que nele ocorrem, que só assim o poderá dominar e nele ser verdadeiro rei e senhor. Não possui quem tem mais força, mas quem mais conhece e sabe.


O ensino experimental da química envolve um potencial risco mas, em muitos casos, permite uma aprendizagem com elevado carácter lúdico. Para além da perigosidade intrínseco das substâncias, algumas operações são em si mesmas perigosas e, por isso, é absolutamente essencial que a experimentação seja preparada com segurança atendendo ao critério S.O.L. - perigosidade da substância, da operação e do local de experimentação.


Investigações em Ensino das Ciências questionam que a eficácia do trabalho laboratorial no ensino da Química e apontam geralmente para uma muito pequena contribuição deste como forma de proporcionar compreensão de conteúdos de Química pelos alunos (Hodson, 1990; Johnstone e Wham, 1982).


O que se passa frequentemente a nível dos curricula actuais de Física e Química, nomeadamente noensino secundário, em que se privilegia a apresentação de conceitos e Leis acompanhados de uma série de exercícios rotineiros, onde o trabalho experimental é o simples seguimento de urna "receita" pré-estabelecida, é desafiante para qualquer professor interessado em reflectir sobre todo este processo, em melhorar o seu próprio ensino e em desempenhar um papel activo no ensino da sua disciplina, face aos desafios que a Educação em Ciência lança aos professores.


Alguns textos do XVI Encontro Nacional da Sociedade Portuguesa de Química, Setembro 22-25, 1998, Universidade do Minho, Guimarães