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Série II / Número 154 / Volume 43
Setembro 2019
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DOI: 10.52590/M3.P689

Neste número do QUÍMICA regressamos à comemoração do 150.º aniversário da Tabela Periódica, iniciada no n.º 152. Nesse contexto, destaco os artigos: “O Homem e a Tabela – Dmitri Mendeleev no sesquicentenário da Tabela Periódica” e “A vida com molibdénio”. No primeiro, Jorge Calado recorda-nos os contributos dos (muitos) cientistas que ao longo de várias décadas foram produzindo o conhecimento científico que permitiu a Mendeleev estabelecer o sistema periódico dos elementos. Como é explicado no artigo, Mendeleev foi “um entre muitos”. Mas foi ele que, com o seu vasto conhecimento das propriedades dos elementos e dos seus compostos, e com uma imaginação extraordinária, conseguiu mostrar, de modo consistente e convincente, que as propriedades dos 63 elementos conhecidos (e de outros que ainda haveriam de ser descobertos) variavam periodicamente de acordo com o seu peso atómico. Em “A vida com molibdénio”, Luísa Maia e José Moura discutem a importância do molibdénio nos seres vivos. Os autores apresentam, com bastante detalhe, as características estruturais e as funções das enzimas dependentes de molibdénio, as molibdoenzimas, comparando-as com as das tungstoenzimas.


- As Sociedades Químicas Mundiais apoiam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU
- 150 Anos para 118 elementos – o XXVI Encontro Nacional da SPQ
- XX EuroFoodChem
- Reunião anual da Division of Food Chemistry – EuChemS
- 12th International Conference on the History of Chemistry
- Satellite Symposium to the XXI Mendeleev Congress - 2019
- Químico português galardoado com o Prémio Tetrahedron para Jovens Investigadores 2020
- Sir Martyn Poliakoff, “pai” da Química Verde, recebe o título Doutor Honoris Causa
- A corrida da Tabela Periódica – a semifinal Regional das Olimpíadas de Química Júnior 2019 na FEUP


 

Aproveitando o Ano Internacional da Tabela Periódica de Elementos Químicos (IYPT2019), celebra-se a vida e a obra de Dmitri Mendeleev que, mais do que qualquer outro cientista – e foram cerca de vinte – contribuiu para o estabelecimento de um sistema periódico de elementos em 1869. Após passar em revista as semelhanças entre os três grandes fundadores da química, Robert Boyle, Antoine Lavoisier e Dmitri Mendeleev, apresenta-se uma breve resenha da evolução da periodicidade química. Apontamentos biográficos tentam explicar porque é que Mendeleev se destacou dos seus competidores para emergir como o inegável criador da Tabela Periódica, tal como hoje é conhecida. São também analisadas as suas contribuições para o desenvolvimento da química e da indústria russa. Na parte final do texto aprecia-se a importância do seu legado, na ciência tal como nas artes.


O ano de 2019 foi declarado pela UNESCO como o "Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos" para celebrar os 150 anos da sua criação pelo cientista russo Dmitry Mendeleev. Quisemos aproveitar esta comemoração para dar o merecido destaque ao molibdénio, um elemento químico cuja importância para os organismos vivos é pouco conhecida. Neste artigo, é apresentada uma visão geral sobre as enzimas dependentes de
molibdénio (molibdoenzimas), a sua constituição, reações que catalisam e a estratégia mecanística (química) que seguem. É dado destaque aos vários papéis biológicos desempenhados por este metal, desde os ciclos biogeoquímicos envolvendo procariontes, até ao seu envolvimento em organismos superiores. São ainda discutidos alguns exemplos da relevância do molibdénio para a saúde humana e para problemas ambientais relacionados com alimentação e energia. Uma vez que, em procariontes, algumas das funções biológicas do molibdénio são desempenhadas pelo tungsténio, as tungstoenzimas são também incluídas nesta revisão.


Os dendrímeros emergiram nas últimas décadas como novos sistemas de transporte de fármacos. O uso de ferramentas computacionais é uma mais-valia no processo de desenvolvimento de novos fármacos e de sistemas de transporte de fármacos, mostrando-se particularmente úteis no desenho racional e aplicação destes sistemas. A aplicação da modelação molecular a dendrímeros ajuda a prever padrões estruturais e propriedades moleculares que guiam o desenvolvimento de novos transportadores de moléculas de interesse terapêutico e de diagnóstico. Neste sentido, vários estudos têm contribuído para caracterizar e elucidar a interação de dendrímeros com diversas moléculas e macromoléculas. Em geral, o uso de ferramentas computacionais nestes estudos tem contribuído para uma melhor compreensão da estrutura e das interações dos dendrímeros a nível molecular.


O durião, fruto originário do sudeste asiático, tem características organoléticas únicas: um sabor e uma consistência excelentes, mas um odor muito desagradável (para os não iniciados), o que tem limitado a sua difusão. Para além da descrição do fruto e das suas propriedades, incluindo os principais compostos responsáveis pelo odor, apresenta-se e clarifica-se a história do seu conhecimento inicial pelos europeus, incluindo a contribuição portuguesa.


Ao longo de quatro séculos, a ópera legou-nos um retrato da sociedade ocidental que constitui um valioso instrumento para o conhecimento da História e da forma como a doença e os seus intervenientes têm sido encarados em diferentes épocas.


- Catalisadores de Ru suportados para hidrogenação de nitrilos
- Síntese eletroquímica de sulfonamidas
- Difuncionalização de alcenos sem utilização de catalisadores
- Via sintética para a obtenção de compostos de boro análogos ao but-2-eno
- (Alquil)(amino)carbenos cíclicos quirais em catálise enantiosseletiva


No decorrer de um verão digno da época das alterações climáticas, a atividade proposta na presente edição destina-se a refletir sobre a formação das nuvens. Através da observação de fenómenos de evaporação e
condensação teremos um vislumbre do que se passa na nossa atmosfera.


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