A prova tem erros, por Carlos Corrêa e Fernando Basto

A prova de Química tem erros

Em relação ao exame de Química (642-1º fase-2006) vimos esclarecer o seguinte:
1 - A pergunta 3 inicia-se com uma informação errada e ridícula que transcrevo: a baquelite … "faz parte da constituição de uma lâmpada fluorescente".
Deve ser uma lâmpada fluorescente muito especial, construída por encomenda para iluminar o Ministério. É pena que quem fez o ponto, e os auditores que o analisaram, não saibam que "lamp" em inglês quer dizer "candeeiro" e não lâmpada. Já se estão a notar os resultados da introdução do inglês no jardim escola…
2 - A pergunta 3.1 está errada, não tem nexo nem se entende o que se propõe avaliar.
Na realidade:
a) O enunciado claramente afirma, por duas vezes, que se trata de uma equação química.
b) No enunciado, nunca se fala em esquema químico e, mesmo que se falasse, só introduzia confusões, pois alguns autores usam indevidamente "esquema químico" como sinónimo de "equação química".
c) Na equação química escrita, a e b são coeficientes estequiométricos, quer as quantidades usadas estejam ou não em proporções estequiométricas.
d) Mesmo que a e b fossem as quantidades usadas, o tal "esquema químico" estava errado, pois a partir de a moléculas de fenol obtinham-se a + 1 resíduos de fenol, o que é impossível.
e) Pela lógica do Ministério, aplicando a Lei de Lavoisier, a +1 = a, o que conduz a 1 = 0, brilhante descoberta dos sábios que gravitam em torno do ME.
Conclusão:
Por muito que tentem torcer a verdade, a pergunta está errada cientificamente e não tem nenhum nexo pedagógico.

Carlos Corrêa, ccorrea@fc.up.pt
Fernando Basto, fapb02@prof2000.pt

Publicado/editado: 27/07/2006