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Série IV / Anno 1 / Número 2
1950
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A exemplo de FERREIRA DA SILVA, que no terceiro ano desta Revista publicou «no lugar de honra» do ''primeiro número de 1907, dirigindo-o ao nosso País, o artigo de CARRACIDO de que falamos no Editorial, a pág. 2 do número anterior, vamos transcrever do Endeavour, de Abril de 1946, um artigo do professor de química-física da Universidade de Leeds, E. F. CALDIN, com o título acima e que, embora dedicado aos ingleses, não tem menos oportunidade entre nós, não tanto porque aqui se verifique «a confusão habitual entre a ciência e as suas aplicações», mas, sobretudo, porque, dos três domínios da actividade científica de que fala o autor, 1) ciência pura, 2) ciência aplicada e 3) tecnologia, o primeiro, ciência pura, e, portanto, investigação científica fundamental, é pràticamente ignorado, porque é obstinadamente alheado da experiência. E, quando se fala de investigação científica, encaram-se apenas os outros dois domínios: o da ciência aplicada e, sobretudo, o da tecnologia.
Em nota apresentada ao 2.° Congresso de Engenharia (1), referímo-nos a um processo de cálculo de CO2 livre nas águas que tem sobre outros processos até hoje propostos a vantagem de mais solidamente se alicerçar na actual teoria das soluções. Os seus fundamentos e modo de aplicação foram expostos por Mo KINNEY (2), tendo especialmente em vista o caso das águas das caldeiras. Mas com idêntica base e aproveitando a tabela, calculada pelo A., que acompanha o artigo original, é possível adaptar o cálculo à solução do problema que agora nos ocupa. As modificações que introduzimos em nada alteram a essência do processo.
Ao generalizar uma hipótese de P. LANGBVIN (1) sobre a adesão de átomos a superfícies sólidas, C. CHAMIÉ (2) disse que, numa solução ou num gás, se átomos ou moléculas ficarem livres e de sua natureza forem sólidos, tendem a unir-se entre si ou a fixar-se quaisquer superfícies desse estado de agregação. Na prática de laboratório é frequente manifestar-se aquela tendência, pela facilidade com que os radioelementos, em solução coloidal, aderem a superfícies diversas, o que se dá só em muito menor grau nas que sejam iónicas.
On connait l''interprétation de la valence donnée à l''aide du schéma de l''atome de BOHE : Pélectrovalence s''explique on admettant que Ies atomes ont tendance à compléter lour couche externe d''électrons de façon à ce qu''elle prenne la configuration du gaz rare Ie plus voisin de la classification périodique; Ies deux ions créés sont alors attirés l''un vers Pautre par attraction électrostatique coulombienne. La covalence est plus difficile à expliquer; LEWIS admet que Ies deux atomes, par exemple deux atomes de chlore, mettent en commun deux électrons, chacun un, de manière que chacun d''eux ait sa couche extérieure saturée: la liaison est assurée par ce doublet commun d''électrons. Mais ceci n''est pas satisfaisant, car des électrons, lorsqu''on ne tient compte que des forces classiques, n''ont aucune chance de s''attirer et l''on ne peut comprendre alors ni l''attraction qu''exercent l''un sur l''autre deux atomes de chlore, ni la stabilité de la molécule Cl2, et l''on ne sait pas expliquer non plus, dans cette théorie, Ie caractere de saturation que manifestent Ies liaisons covalentes.
O pH "ponderado" pHp, A. LEVASSEUR (Révue Général des Sciences, 1949). As medições de pH, mesmo correctamente efectuadas, são ordinariamente objecto de interpretações erróneas, quando se referem a meios cujo teor em água é fraco.
Livros e revistas recebidos
Esta comissão," nomeada por despacho de Sua Excelência o Sr. Ministro da Economia, de 15 de Dezembro de 1949 e reorganizada em harmo-nia com o disposto no § único do artigo i.° e Artigo 3.0 do Decreto-Lei n.° 37.650, de 24 de Dezembro do mesmo ano, tem actualmente a seguinte composição: PRESIDENTE: Engenheiro-Agrónomo, Luís Cincinato Cabral da Costa, Professor Catedrático do Instituto Superior de Agronomia. VICE-PRESIDENTES: Doutor D. António Augusto Álvares Pereira de Sampaio Forjaz Pimentel, Professor Catedrático da Faculdade de Ciências de Lisboa e Engenheiro António Herculano Guimarães Chaves de Carvalho, Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico. SECRETÁRIO : Engenheiro-Agrónomo Pedro Manso-Lefévre, Professor Extraordinário do Instituto Superior de Agronomia.