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Série II / Número 22 / Volume
Dezembro 1985
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DOI: 10.52590/M3.P546
A possibilidade de realização de experiências laboratoriais simples para estudar a origem da vida foi referida pela primeira vez por Stanley Miller em 1953. Miller, um aluno do primeiro ano da Universidade de Chicago, convenceu Harold Urey que ambos deviam realizar experiências para pôr à prova a ideia de Urey de que a vida tinha tido a sua origem numa atmosfera redutora na Terra primitiva.
Apresentamos neste artigo as evidências actualmente disponíveis, tanto químicas como morfológicas, da existência de vida no Precâmbrico, com especial referência ao inter-relacionamento da actividade microbiana e acumulação biomineral. Microestruturas orgânicas fósseis podem ser detectadas, com microscópio óptico, em secções fin as de rocha, e examinadas com o microscópio electrónico de transmissão (MET) em secções desmineralizadas.
Revêem-se os princípios fundamentais da Mecânica Estatística. Mostra-se que o comportamento postulado para os sistemas macroscópicos através da hipótese quasi-ergódica se pode encontrar em sistemas dinâmicos infinitamente mais simples formados por osciladores lineares acoplados. Procura-se ainda conciliar a irreversibilidade termodinâmica dos sistemas macroscópicos com a dinâmica determinística que governa os fenómenos de colisão ao nível molecular. Recorrendo mais a exemplos ilustrativos do que ao formalismo matemático apresentam-se, a um nível introdutório, as bases da Teoria. Ergódica.
Pretende-se dar, com este trabalho, uma contribuição para que a relevância da Química, na compreensão dos problemas da Ecologia, possa ser evidenciada. Os compostos envolvidos constituem uma gama estruturalmente muito vasta, havendo alguns muito simples e outros com estruturas mais complexas. Os assuntos de Ecologia Química podem, assim, ser introduzidos, com níveis diferentes de desenvolvimento, em cursos gerais e em cursos avançados de Química Orgânica.
Da actividade química de Vicente Coelho da Silva Seabra (1764-1804) nos falam os seus escritos: algumas Memórias apresentadas na Academia Real das Sciências de Lisboa (ref. 5, pg. 32) de que foi Sócio Efectivo; e, sobretudo, os trabalhos que escreveu ao serviço da Universidade de Coimbra onde, depois de graduado em Medicina, ocupou, primeiramente, o lugar de Demonstrador de Química e depois, o de Professor Substituto de Chimica, tendo-lhe sido concedido graciosamente o grau de Doutor na Faculdade de Filosofia.
Tem-se abusado muito da palavra "criatividade" porque é difícil defini-la com precisão. Na linguagem corrente,é muitas vezes usada com um sentido negativo: os educadores, os políticos e os administradores são criticados por "não serem criativos" mas, numa segunda análise, essa crítica significa em muitos casos apenas que o crítico não aprova o que o educador, o politico ou o administrador estão a fazer.
"Investigação? É sabido que o nosso meio não é favorável à vida especulativa mormente no domínio das ciências. Por falta de aptidão dos portugueses?
Em 1970, quatro anos após a publicação da Química Nuffield, a Fundação encarregou o autor de levar a cabo um inquérito para verificar se seria necessário rever o material e para planear as linhas de orientação para tal. Colaboraram nesta tarefa E. H. Coulson (membro da primeira equipa) e um grupo consultivo de seis professores.
O director do Boletim da Sociedade Portuguesa de Química, Professor Moura Ramos, solicitou-nos que coordenássemos esta nova secção temática. É um trabalho sem dúvida aliciante numa altura em que os computadores são uma ferramenta importante no ensino e na investigação em Química. Todavia é, simultaneamente, uma tarefa árdua se quisermos, como é a nossa intenção, manter um equilíbrio entre a sobrevalorização e a subvalorização do uso dos computadores no ensino e na investigação.
Um dos problemas que se coloca frequentemente na vida prática dum químico é a titulação dum ácido por uma base. Para além do aparato experimental necessário para a experiência, tem de saber-se qual o indicador apropriado para detectar o ponto final da neutralização que se pretende realizar.